O termo “angelologia” é formado pelos vocábulos gregos “angelos” e “logos” e quer dizer Doutrina dos Anjos, ou seja, o estudo sobre os anjos.
As Escrituras deixam claro que há uma ordem de seres celestiais totalmente distinta da humanidade, também distinta da divindade, que ocupa um estado exaltado acima da presente posição do homem (Hb 2.7). Esses seres, os anjos, são mencionados ao menos 108 vezes no Antigo Testamento e 165 no Novo Testamento. O próprio Senhor Jesus nos mostra a realidade dos anjos. Ele os mencionou em Mateus 18.10; 22.30 e 26.53, por exemplo.
É importante ressaltar que a Doutrina dos Anjos é negligenciada, de uma maneira geral, a ponto de gerar rejeição entre alguns cristãos sobre o assunto. É possível que, a exemplo dos saduceus, alguém diga “não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito” (At 23.8).
Uma primeira e séria razão para isto se verifica no fato de que lidar com o mundo invisível dos espíritos é lidar com uma realidade que constitui verdadeiro desafio à mente humana finita. Outras razões para tanto é que existem as filosofias gnósticas incentivadoras da adoração a anjos (cf Cl 2.18); existem também as especulações por vezes ridículas ou insignificantes dos estudiosos da Idade Média e as conclusões banais da mitologia pagã, como por exemplo, a crença de que o diabo é um ser com chifres, pés de cabra e aparência horrível. E, há ainda, a crença exagerada em bruxaria, magia e feitiçaria, surgida em tempos mais recentes, isto sem falar nas idéias do espiritismo de que “anjos são as almas dos homens chegados ao grau de perfeição que a criatura comporta, fruindo em sua plenitude a prometida felicidade” (Allan Kardec).
Esses fatores contribuem para que determinados crentes, a despeito de quererem se afastar desse tipo de coisa, rejeitem a realidade dos anjos como meio de fuga a todo tipo de crença falsa, herética e “comprometedora” diante de Deus. Assim chegam a afirmar que “anjos existem, mas estão restritos às regiões celestiais”, portanto fora da realidade do homem, não interferindo em nada na esfera humana. Queremos alertar a quem pensa dessa forma, que deixar de crer na realidade dos anjos, é deixar de crer na autoridade e veracidade da Bíblia, uma vez que a mesma afirma a realidade dos anjos. Entretanto, não é porque cremos em anjos, que podemos reverenciá-los como Deus, isto é, adorá-los. Somente o Senhor Deus, Yahweh, é digno de toda honra e adoração, enquanto que os anjos são parte da criação de Deus.
Daí a importância de se empreender um estudo de tal grandeza, no afã de se proporcionar conhecimentos tais, que nos ajudem a compreender a realidade dos anjos conforme tratada nas Escrituras. Destarte podemos valorizar a Palavra de Deus, Palavra essa que não é mitologia ou lenda, nem mera filosofia. A Bíblia é nossa única fonte de informação e digna de confiança, ou seja, fidedigna, para tudo o que pretendemos estudar e conhecer sobre os anjos. Além de tudo, a Bíblia é, primariamente, uma revelação ao homem de sua própria relação com Deus.
Por esta razão temos como alguns dos principais objetivos neste trabalho:
A versão da Bíblia utilizada neste estudo é a Almeida Revista e Atualizada (ARA), salvo quando indicado em contrário. A infinidade de referências bíblicas ao longo dos textos servem para validar nossas investigações e afirmações, e assim, seguirmos confiante no objetivo de conhecermos um pouco mais sobre os anjos com base sólida e segura que é a Palavra de Deus e não compêndios filosóficos ou espiritualistas, cheios de engano e mentira.
Bons estudos!
Uma loja da FABI - Faculdade Batista de São Paulo, feito com carinho para quem gosta de Teologia. =)